segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Tricotando Desesperadamente




Eu ainda me lembro de tudo. Sim, eu mudei de lado, evolui, mas as lembranças ainda me perseguem. No torpor da noite é quando elas mais resolvem surgir. Quando meu corpo está prestes a se entregar ao sono total, como uma pancada o seu rosto vem em minha direção, com aquele sorriso cheio de dentes amarelados, mas que consegue cegar-me os olhos mesmo estando no escuro. Com aqueles lábios que um dia foi a fonte da minha insanidade. Com aquele olhar, ah, como esse olhar ainda consegue invadir minha alma e percorrer minha mente, descobrindo meus pensamentos mais impuros e obscuros...
Você fez uma promessa, disse-me que voltaria. Não sei como, não sei por que, mas, eu ainda lhe espero. O anseio que me invade tem sede do teu corpo, da tua pele, desse teu olhar que arrepia os pelos de meus poros. E eu me pergunto, onde andas? Ainda estas atrás de mim?
Odeio-me, muito, por ainda permanecer nesse mundo doentio sem a tua existência. Odeio-te, às vezes... Porque me abandonou? Eu quis ir com você, eu tentei. Mas a Morte, que inveja todos aqueles que amam sem medo dela, não me levou, não me permitiu ir. Eu batalhei contra ela, em uma tentativa em vão para me juntar a você, e hoje só me restam as cicatrizes dessa inútil e desesperada tentativa de suicídio... Mas eu fiz por amor, por você.
Ainda espero o dia do seu retorno, e nesse dia nos entregaremos a esse amor, e eu partirei com você, para viver na eternidade... Uma eternidade só sua e minha, apenas você e eu.



 (Istella L. Conder)


(Texto fictício)

Uma Realidade que me Satisfaz





Ah, os adolescentes são criaturas adoráveis de se observar... Me pego sempre a admirá-los! Sim, eles me fascinam, com o modo que levam a vida, com gostos e atitudes, com risos e choros, com amores e desamores, com disputas e brincadeiras...
Olha o modo como àquela garota sorri do que o garoto ao seu lado falou! Sim, ela está apaixonada.
É engraçado como, por gestos e sinais os adolescentes conseguem expressar sentimentos tão profundos, e às vezes tão inconvenientes. É, não há tempo mais maravilhoso e traiçoeiro que a adolescência.
Hey, querem saber por que amo observá-los?
Simplesmente é muito excitante ver como desperdiçam suas vidas, é delirante observá-los jogarem-se pateticamente para mim como se jogam no mar em dias quentes, com determinação e anseio.
É, foi para isso que eu inventei as festas e, junto desta as bebidas, as drogas, a prostituição... Continuem com essa autodemolição de suas almas, as quero, PRECISO DELAS.
Continuem com esse jogo de sedução, com esse divertimento mundano, com essa desunião e egoísmo... No fim de tudo não terá volta, vocês serão algemados e eu os trarei comigo, para o outro lado dessa curtição que tanto vivem.
Ah, não precisa ter medo, eu apenas me consumirei das suas almas.

De Luc*, com carinho.

Istella Lira Conder



Luc*: Lucífer.
(Texto fictício) 

Sabe,


É engraçado ver como as coisas acontecem ao nosso redor. Em um dia, achamos que ainda há esperança, que sim, poderemos ser felizes um dia. Mas a realidade vem à tona e nos mostra a realidade. Existe amor não correspondido, e isso é uma droga. Porque esse meu amor não correspondido só cresce cada vez mais... No começo, eu disse a mim mesma que tudo seria temporário, que esse 'tal mundo' iria permanecer em um curto tempo da minha vida. Eu estivera enganada, e muito. Esqueci por um curto tempo que nesse 'tal mundo' os sentimentos eram verdadeiros, e eu senti coisas que nunca poderia sentir fora desse 'tal mundo', eu amei, eu chorei feito uma bebê (risos), eu compartilhei de momentos contigo que é impossível deixar pra lá (até mesmo naquela noite em que chorar foi o que mais fizemos).
E hoje, ah, hoje ainda estou aqui, e sempre estarei aqui. Não importa o que aconteça, não tem como evitar. A vida criou um 'imã' entre nós que, mesmo acontecendo tantas coisas que possam fazer um de nós se afastar, sempre retorno à ti. E, acredite. Sempre retornarei a ti.
Eu poderia ficar aqui e escrever o que realmente se passa dentro de mim, todos esses sentimentos em contradição, mas, por enquanto eu só quero que tenha certeza de algo: eu preciso de ti, mexmo.

(Istella L. Conder)